Casa da Passarella Abanico Reserva Tinto 2011 75cl

18,00 

Castas: Alfrocheiro, Touriga Nacional e Jaen

Conta-se que um dia um escultor com o olhar preso num conhecido fenómeno da natureza: um pavão exibia o seu manto majestático de penas, só para chamar a atenção da fêmea e saciar as suas vontades proibidas. O espectáculo fora de tal forma esplêndido, que dois dias mais tarde tinha já o artista esculpido uma peça baseada no que tinha visto. Deu-lhe o nome de leque. E para poder sobreviver, deu-lhe também uma utilidade simples. E os leques foram-se reproduzindo pelas modas, pelas gentes, pelos palácios, pelas óperas e pelas épocas, como um adereço imprescindível. Mas o mundo haveria sempre de usar o leque para expulsar o calor, nunca para o deter dentro de si. O mundo, excepto uma mulher: Teresa. Teresa sempre fora uma rapariga tímida e reservada, mas aos 21 anos recebeu um presente secreto, uma carta e um
leque de um admirador, um nobre que vivia em Sevilha. Na carta, concedia-lhe o absoluto e em troca apenas lhe pedia que dormisse sempre com o leque por perto. No momento em que, pela primeira vez, pegou no leque, Teresa tornou-se numa imperatriz. Todas as noites sonhava com estranhos pavões a saciarem as suas vontades proibidas.

Clássico vinho de blend, o Abanico Reserva nasce de diferentes vinhas da Casa da Passarella. As castas que lhe servem de base são a Touriga Nacional, o Alfrocheiro e o Jaen, e respeitando o equilíbrio das diferentes parcelas escolhidas, colhemos as uvas de forma manual para caixas de 12kg. A fermentação decorre em cuba tradicional de cimento e é feita maceração pré e pós-fermentativa, o estágio é feito parcialmente em
barricas novas de carvalho francês durante um ano, sendo que todo o processo de estabilização para o engarrafamento é feito de uma forma natural.

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Descrição

NUNCA SE SABERÁ SE FOI O CLIMA, SE FOI A TERRA.

Se foi o talento das pessoas que por cá passaram e das suas apaixonantes histórias e personalidades. Ou se terá sido, pura e simplesmente, sorte. Aquela mesma sorte que fez com tudo isto se encontrasse, no mesmo lugar, na altura certa, como uma benção de planetas alinhados, de Sol e chuva e da curiosidade dos homens.

Uma coisa porém é certa. Silenciosa e imponente, a velha montanha tem assistido ao nascimento de grandes vinhos neste pedaço de terra do Dão que tem a seus pés. E se para ela um século e meio é quase nada, no tempo dos homens muita coisa aconteceu desde que a primeira vinha foi plantada e a primeira pedra da Casa foi colocada, algures pelas últimas décadas do século XIX.
Atravessadas por tempos de guerra e paz, partidas e chegadas, esplendor e esquecimento, as terras da Passarella viram história a ser escrita – por muitos e talentosos autores, mas sempre com o seu sangue: o vinho.

Talvez as lendas não existam e sejam afinal verdade. Talvez a história, de facto, se repita. Ou, pura e simplesmente, talvez a sorte continue do nosso lado.

Seja como for, com a terra como página em branco, vamos continuar a escrever as nossas linhas, colheita após colheita.

Da mesma forma que o Dão é lendário, tanto pelas suas memórias como pela aparente naturalidade em produzir néctares que os homens não esquecem, a Casa da Passarella volta a colocar o seu nome nas bocas do Mundo – que, na nossa humilde opinião, é precisamente onde devem estar os grandes vinhos.

Informação adicional

Peso 1,4 kg