Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa Tinto 2019 75cl

295,00 

Depois de 2017 e 2018, com produções significativamente abaixo da média da última década, o ano de 2019 mostrou-se mais generoso em quantidade e mais na linha da média produtiva a que estamos habituados na Quinta do Crasto. No entanto, não deixou de ser um ano considerado desafiante, após um inverno e primavera secos, que levaram a baixos níveis de reservas de água no solo para as necessidades das videiras. Verificámos, no entanto, que nos meses de junho, julho e agosto, as videiras se mostravam com áreas foliares equilibradas e de aparência saudável, não indicando elevados sintomas de stress hídrico. Atribuímos este equilíbrio às temperaturas amenas (menos 5ºC que a média dos últimos 5 anos na Quinta do Crasto) que se fizeram sentir desde maio até final de agosto. Este fator contribuiu positivamente para que o período de maturação das uvas durante os meses de julho e agosto decorresse de forma lenta e muito equilibrada. Como resultado, alcançámos níveis excepcionais de maturação da uva. A Vindima de 2019 decorreu com muita tranquilidade, onde as noites frias e os dias quentes e secos, permitiram que as uvas fossem vindimadas no momento certo. Essencial foi também a chuva ocorrida nos dias 21 e 22 de setembro, que veio ainda ajudar a refinar a maturação de algumas castas mais tardias, nomeadamente a touriga franca. Na colheita de 2019 recebemos as primeiras uvas brancas da Quinta do Crasto no dia 26 de agosto e terminamos a colheita no dia 11 de outubro com as últimas uvas das vinhas de maior altitude. Como balanço final, temos em 2019 vinhos brancos muito expressivos, com excelente concentração, mostrando extraordinária frescura. Os vinhos tintos são também reflexo do equilíbrio ocorrido durante o ciclo vegetativo, apresentando-se como vinhos muitos completos, onde podemos encontrar aromas vibrantes, excelente concentração, estrutura sólida e acima de tudo grande equilíbrio, indicando um excelente potencial de evolução.

Castas: Vinhas Velhas – mistura de mais de 50 castas (já identificadas).

Vinificação: As uvas provenientes da vinha Maria Teresa foram transportadas em caixas de 22 kg de capacidade e sujeitas a uma rigorosa triagem em mesa de escolha à entrada da adega. Após um desengace total e pisa em lagar tradicional, o mosto foi transferido para cubas de fermentação em aço inox com temperatura controlada. No final da fermentação alcoólica, procedeu-se a uma prensagem suave. Envelhecimento Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2019 estagiou em barricas de carvalho 100% novas, sendo 90% de carvalho francês e 10 % de carvalho americano, onde permaneceu cerca de 20 meses. O lote final resulta da melhor selecção de barricas.

Nota de Prova: De cor ruby carregado, impressiona no nariz pela sua extraordinária complexidade e frescura aromática, onde se destacam elegantes notas de esteva, frutos silvestres do Douro e especiaria. Na prova de boca inicia de forma compacta, evoluindo para um vinho muito sedutor, onde é possível encontrar taninos de textura suave em perfeita harmonia com notas retronasais que lembram frescos aromas de bosque do Douro. Um vinho singular que mostra toda a identidade da centenária Vinha Maria Teresa. Termina de forma muito envolvente, em perfeito equilíbrio e com excelente persistência.

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Descrição

A Quinta do Crasto, S.A. é uma empresa portuguesa produtora de vinhos do Douro e do Porto, sedeada em Gouvinhas, concelho de Sabrosa, Norte de Portugal. Localizada em pleno Vale do Douro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo e também classificada como Património Mundial pela UNESCO em 2001, a Quinta do Crasto usufrui de condições excecionais para a produção de vinhos e de azeites da mais alta qualidade.

A Quinta do Crasto, S.A. é uma empresa portuguesa produtora de vinhos do Douro e do Porto, sedeada em Gouvinhas, concelho de Sabrosa, Norte de Portugal. Localizada em pleno Vale do Douro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo e também classificada como Património Mundial pela UNESCO em 2001, a Quinta do Crasto usufrui de condições excecionais para a produção de vinhos e de azeites da mais alta qualidade.

A Vinha Maria Teresa, cujo nome é uma homenagem à primeira neta de Constantino de Almeida (fundador da Quinta do Crasto), é uma vinha centenária e uma das mais antigas da quinta. Situada na encosta nascente da Quinta do Crasto, com excelente exposição solar e plantada em socalcos junto ao rio Douro, em cotas extremamente baixas, a Vinha Maria Teresa ocupa uma área de 4,7 hectares, impressionando pela sua beleza e, sobretudo, pelas suas características únicas de vinha velha.

Há mais de 100 anos, os produtores de vinho plantavam no Douro um pouco de tudo de entre as castas que tinham disponíveis, uma vez que o objetivo final era produzir Vinho do Porto e este vinho generoso tinha essa característica especial de ser o resultado de várias uvas misturadas de distintas variedades. O resultado final era então uma vinha onde a plantação de castas tinha sido aleatória e diversificada, e na qual era possível encontrar um número elevado de castas diferentes.

Em 2013, dada a idade avançada da Vinha Maria Teresa, a Quinta do Crasto iniciou o mapeamento genético de cada casta que aqui está plantada, com o objetivo de proceder à reposição de videiras mortas por variedades geneticamente idênticas, perpetuando assim o «terroir» e o «field blend» desta vinha tão única. O projeto PatGen Vineyards, como se chama, e desenvolvido em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), visa identificar a totalidade das castas que fazem parte da Vinha Maria Teresa, sendo que, até ao momento, já foram identificadas 54 castas diferentes, entre elas, quatro castas de uva branca e uma casta de uva tinta «desconhecida», ou seja, uma casta com a qual ainda não foi possível encontrar qualquer equivalência.

Uma planta com 100 anos numa vinha velha com a Vinha Maria Teresa tem uma capacidade de produção significativamente baixa e nunca será capaz de produzir a mesma quantidade de uvas de um pé de uma vinha nova. As raízes das vinhas da Vinha Maria Teresa conseguem atingir as dezenas de metros de profundidade, penetrando o solo xistoso em busca de água e nutrientes, o que aumenta a competitividade entre cada pé e ajuda a melhorar o desempenho produtivo de cada planta. Ainda assim, anualmente, a média de produção por pé na Vinha Maria Teresa é de cerca de 300 g de uvas.

Apesar da sua baixa produtividade, a equipa de Enologia da Quinta do Crasto consegue com as uvas desta vinha níveis elevadíssimos de concentração, o que permite obter vinhos de classe mundial, muito complexos e cheios de carácter, garantindo uma evolução em garrafa por muitos anos.

A quantidade de uvas colhidas anualmente a partir da Vinha Maria Teresa é utilizada para produzir o vinho do Douro Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas. Nos anos de excecional qualidade, a produção anual de uvas da Vinha Maria Teresa é destinada à produção de um vinho “monovinha” que lhe honra o nome: o vinho do Douro Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa. Nestes anos especiais, a Vinha Maria Teresa produz entre 2.000 e 8.000 garrafas de Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa, consoante a excecionalidade de cada ano. O número máximo de garrafas do vinho do Douro Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa produzidas pela Quinta do Crasto a partir da Vinha Maria Teresa foi, em 2007, de 8.001 garrafas.

Vinhas como a Vinha Maria Teresa são o que tornam os vinhos do Douro tão especiais e apreciados em todo o mundo. Esta riqueza, esta parte mais única das vinhas do Douro, faz deste património emblemático uma herança de todos que importa proteger e preservar para as gerações vindouras.

Informação adicional

Peso 2,50 kg